quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Paisagismo

O projeto paisagístico priorizou os contrastes: de cores com forrações verde escuro, verde claro, amarelo, vermelho e mesclas; de formas com plantas de folhas ponte agudas grandes e pequenas, folhas arredondadas; e texturas com plantas mais lisas e outras peludinhas. 
A noite a vegetação é realçada pelo projeto luminotécnico. A maior parte da iluminação é indireta com espetos de luz dentro de floreiras, vasos e canteiros. Outro recurso de iluminação utilizado forão os balizadores embutidos na parede  externa da residência que é usada para destacar uma circulação.
Nos caminhos de acesso foram usadas placas de cimento moldadas in locu intercalados por pedra portuguesa com tamanhos diferentes. Isso proporcionou um jogo interessante de reentrâncias e saliências entre o pavimento e a vegetação adjacente.

Na frente da residência foi criado um platô em deck de madeira suspenso sobre o jardim que é usado como uma extensão da sala de estar. Nele foi colocado um jogo sofá modulado que permite várias combinações de uso.
A área da churrasqueira possui duas bancadas: uma de trabalho em granito, o mesmo material foi usado na boca da churrasqueira; e outra transversal, mais alta em concreto aparente para uso de banquetas tipo bar. A parede recebeu o mesmo revestimento do piso em pedra portuguesa e no arremate superior revestimento de madeira. Este último esconde os projetores que iluminam a bancada e realçam o revestimento em pedra.

A lateral da residência está orientada para a face sul que recebe pouco sol e por conseqüência é muito úmida. Por esta razão a proposta limitou a presença de vegetação há apenas em vasos e floreiras, e no lugar propôs superfícies revestidas em madeira e pedra cor clara. A parede lateral, que faz divisa com a área comum do condomínio, está revestida de madeira e apoia um banco em concreto aparente moldado no local. Este mesmo banco na extremidade se tranforma em floreira. 


terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Continuando nossas publicações sobre a Batimat, hoje é dia de falar sobre L’Ile Seguin,  uma das áreas que visitamos dentro da programação oferecida pela feira e que nos encheu os olhos. 
É uma ilha do rio Sena no subúrbio Oeste de Paris onde havia uma fábrica da Renault que foi demolida em 2004, quando se iniciou um processo de reurbanização da região, atendendo uma necessidade de expansão da cidade. Na ilha foi criada uma grande área verde pública, onde se pretende implantar diversos equipamentos culturais. Entretanto, a intervenção vai além desta ilha, atinge sua vizinhança, onde o espaço urbano foi desenhado com vistas para um urbanismo sustentável.
                                          http://www.ileseguin-rivesdeseine.fr

Nesta região adjacente à ilha, existe uma outra área verde pública notável, o Parc de Billancourt, muito bem desenhado e rodeado por edifícios recém construídos, todos com arquitetura de qualidade, criam uma grande praça central.


O traçado urbano dá atenção ao pedestre intercalando vias onde só ele percorre com outras onde o veículo circula. Muitos edifícios tem a frente voltada para essas vias de pedestres criando espaços urbanos muito interessantes.


Não há muros entre os edifícios, em alguns deles há grades, mas sempre muito leves, priorizando a permeabilidade visual. Notem que em alguns casos as entradas acontecem diretamente dessa calçada.

Um fator importante para a vida urbana deste local é a misturas de usos que foi determinada entre os edifícios. São residências, escritórios, lojas, escolas,...fazendo com que as pessoas tenham o que precisam próximo da sua casa e mantenham a redondeza sempre ativa.
Os projetos dos edifícios tiram muito partido da volumetria. Quase todos brincam com as sacadas de forma organizada ou desorganizada mesmo, mas sempre criando um conjunto harmônico.




Fica evidente nas fachadas a importância dada ao conforto térmico com o uso dos brises soleis e persianas externas; além de fazerem a proteção solar, por vezes servem para dar privacidade. Eles aparecem em diversos materiais, formas e cores.   




 


terça-feira, 22 de novembro de 2011

Soma na Batimat 2011

Desde o inicio do ano tínhamos em mente uma viagem para alguma feira internacional pra ver o que vem sendo apresentado lá fora.  E não é que a ideia se concretizou! Fizemos as malas rumo à uma das maiores feiras de construção civil do mundo, a Batimat em Paris. 
renata athanasio, leandra de conto, luana lima

A feira aconteceu do dia 7 a 12 de novembro. De fato é uma feira muito importante, ela concentra diversas áreas da construção civil em um só espaço, é possível ver desde ferramentas à materiais de acabamentos.  Haja pernas para percorrer os 7 pavilhões e absorver tudo o que a feira oferece! 
Dentro do contexto da arquitetura, pudemos conferir o que há de mais avançado no conceito de sustentabilidade. É impressionante como a indústria da construção civil européia trabalha alguns elementos. Por exemplo, os brises-solei já vem incorporados às esquadrias, em inúmeros modelos, materiais, cores, formatos.....No Brasil, ainda se dá pouco valor a este recurso de controle solar, e quando é usado, normalmente tem que ser fabricado praticamente sob medida e acabam custando uma verdadeira fortuna! Vimos uma solução interessantíssima de brise que tinha acoplado à ele floreiras horizontais.

Paredes portantes são fato consolidado, chegam a obra prontas para serem dispostas e preparadas para receberem diversos revestimentos.
Paredes e tetos jardins também são uma realidade! Empresas especializadas executam grandes jardins sobre lajes, que garantem um bom condicionamento térmico da edificação de forma natural.
 
fonte: optigreen.co.uk
Revestimentos metálicos vão além das tendências. São oferecidos diversos materiais, cores, texturas para serem usados tanto em ambientes internos como fachadas. Destaque para o zinco e telas vazadas!
E que tal varandas prontas? Isto mesmo, você pode comprar módulos de varandas metálicas e inserir em sua casa ou edifício depois de pronto! Ah, e até mesmo a varanda são agraciadas com brises para controle da insolação...essa solução ficou entre nossas preferidas!

Coberturas retráteis para áreas abertas totalmente industrializadas e com todos os tipos de automação. Detalhe, as estruturas e fechamentos fazem parte do conjunto, tudo fica com o mesmo acabamento.
Destaque também para portas metálicas, sejam de entrada, separação de ambientes ou mesmo de mobiliário. Os perfis tem acabamento perfeito.
                                                                  
Ouvimos sempre falar que a construção civil no Brasil é muito artesanal, e realmente é. O que ficou de mais importante é que a construção civil é tratada como uma verdadeira indústria, busca-se ao máximo levar ao canteiro de obras materiais prontos, de modo que a obra seja mais um processo de montagem do que de fabricação in loco.
A feira também ofereceu algumas palestras com arquitetos que apresentaram e debateram  alguns de seus projetos, a maioria vencedores de concursos.  É muito enriquecedor experimentar a realidade de outros profissionais e conhecer seus trabalhos.
Outra iniciativa muito bacana da Batimat 2011 foi oferecer aos participantes visitas guiadas a algumas áreas da cidade de Paris pouco conhecidas, mas de grande importância, que receberam algum tipo de intervenção urbana recente. Participamos de duas delas. Uma em Paris Rive Gauche (13eme) e outra L’Ile Seguin. Mas estas visitas merecem publicações só delas, foram muito interessantes! Então aguardem cenas do próximo capítulo....

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Pequenas intervenções

No ano passado fomos chamadas para incrementar o hall de entrada e o acesso de um prédio recém-entregue. Apesar de ter uma cara bacana, ainda parecia vazio, precisando de um plus. Por ser novo, a idéia não era trocar os materiais existentes, apenas fazer pequenas intervenções que dessem uma identidade ao edifício.
 ANTES
fachada
A proposta para o muro frontal, que já era revestido de plaquetas cerâmicas e estava um pouco manchado, foi colar faixas de placas cimentícias intercaladas. Desta forma a monotonia do paredão foi quebrada e as manchas ficaram imperceptíveis. Uma solução econômica e de rápida execução.
DEPOIS 
 O jardim era uma pequena área de grama com tampas de concreto para acesso de tubulações. Essas áreas teriam que permanecer acessíveis, sem vegetação plantada, por isso usamos vasos de concreto e pedras de rio soltas, que eventualmente podem ser removidos. Foi importante trabalhar diferentes alturas para que os vasos tivessem um movimento em frente ao muro.
O desenho do jardim seguiu linhas retas,  fazendo uma mistura de dois tipos de grama, a são carlos e a coreana, com plantas de cores e alturas diferentes, de um lado o fórmio rubro e do outro a dionela.  Para os vasos foi escolhida a planta rabo de gato. Os condôminos tinham uma preocupação quanto à segurança da chegada do carro na garagem, por isso evitamos plantas muito grandes ou altas que pudessem obstruir a visão.
 DEPOIS 

A iluminação foi pensada para ser sutil e criar um efeito de luz e sombra, valorizando a vegetação, as formas e as texturas. Para isso, foi feito um sistema uplight, onde as luminárias são instaladas no solo e a iluminação se dá de baixo para cima. As lâmpadas usadas são amarelas para dar este efeito de cor quente.
 DEPOIS

O caminho que leva o pedestre do portão de entrada ao hall do edifício era uma rampa longa e monótona. O partido foi criar uma floreira suspensa no muro lateral, feita com placa cimentícia, o mesmo material das faixas do muro da fachada. A floreira foi combinada com painéis verticais, feitos em deck de madeira.  Sugerimos ainda a marcação contínua desses painéis verticias no piso, mas como já dito, o objetivo não eram grandes modificações, então o piso acabou sendo mantido. Com esta proposta, o verde deu vida a esta passagem e os painéis quebraram a monotonia e diminuíram a sensação de extensão.
Com a relocação de pontos de luz já existentes, as novas arandelas instaladas nos painéis deram um belo efeito decorativo e se encarregaram da iluminação deste acesso.
ANTES

                                                           caminho de acesso ao hall


DEPOIS



Numa próxima postagem, vamos mostar como ficou o hall de entrada do prédio, que está quase finalizado!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Arquitetura na Vila Madalena - SP

Na semana passada, a SOMA esteve presente no evento realizado pela Asbea-PR e Imóvel Magazine, que apresentou o trabalho que vem sendo desenvolvido pela incorporadora Idea!Zarvos no bairro Vila Madalena em São Paulo.

A intenção, segundo o proprietário Otávio Zarvos, é criar uma identidade para o bairro através da boa arquitetura. Para isso, ele considera que um novo empreendimento deve ter uma postura de gentileza com o entorno, através do uso comercial na cota da rua, de um recuo generoso da fachada para criação de praças e da incorporação de obras de arte que possam ser apreciados pela comunidade.

Uma das políticas adotadas foi dar oportunidade de trabalho a jovens e talentosos arquitetos, diferente de muitas incorporadoras que recorrem a renomados escritórios pela comodidade que eles oferecem. Segundo a Idea!Zarvos, os projetos têm um tempo certo para se desenvolver, e o bom planejamento é fundamental para incorporar novas tecnologias, materiais e sistemas construtivos. Fica a cargo dela fornecer todos os parâmetros construtivos aos arquitetos para que estes se concentrem exclusivamente no desenvolvimento de cada projeto.


Esse foi o caso do edifício Fidalga 772, que possui as vedações intercaladas 
por esquadrias e painéis HDF (fórmicas de alto desempenho).

Diferente do que se possa imaginar, os seus empreendimentos aproveitam o máximo do potencial construtivo de cada terreno, premissa básica do  mercado imobiliário de São Paulo. Isso prova que é possível construir utilizando o maior potencial construtivo sem prejuízo da boa arquitetura. Os imóveis possuem um diferencial no mercado que foi necessário contratar arquitetos para comercializá-los.

Fica a dica para quem estiver pela cidade e quiser conferir ao vivo! Se não der para ir até lá, visite o site: www.ideazarvos.com.br

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Para a arte de cozinhar....

Apresentamos o projeto para uma cozinha recém saída do forno.... kkkk! Por se tratar de um ambiente estreito e comprido propusemos o uso da bancada em duas alturas, uma convencional para área de trabalho, molhada em granito; e outra alta de apoio, seca em madeira. Este jogo de alturas não permitiu que o ambiente caísse na tradicional monotonia de espaços com essas proporções.

O revestimento de granito da bancada adquiri continuidade na parede (rodopia) pelo uso de pastilhas em sobre tom. No vão entre os armários inferior e superior foram localizadas as barras para utensílios, panelas, escorredor, que tornam práticas as atividades na cozinha.

Nos armários superiores, a fim de ganhar leveza, foram propostas portas de correr de vidro branco e alumínio. Os armários inferiores são suspensos com puxador de alumínio tipo perfil. A bancada mais alta permitiu o encaixe do microondas num nicho e ao seu lado um armário alto que teve seu uso como despensa. Uma bancada para refeições rápida foi encaixada num painel também em madeira com nichos para temperos, localizado próximo ao fogão.







quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Funcionalidade para um apartamento compacto

O trabalho que vamos apresentar esta semana é o projeto de interiores completo para um apartamento  de dois quartos compacto. O maior diferencial dele, comparado à maioria dos apartamentos novos entregues em Curitiba, é que todos os ambientes são bem iluminados e bem ventilados. Isso se deve à proporção do prédio que é estreito e permitiu que o apartamento tivesse três fachadas externas com muitas janelas, uma raridade!!!

A "oferta" de janelas era tanta, que na cozinha a fim de aumentar o espaço de armário, optamos por  tampar uma delas com drywall. Desta forma ganhamos sobre a bancada um armário superior de cinco portas. A pedido de nosso clientes, que gostam muito de cozinhar e valorizam receber amigos, integramos a cozinha à sala de estar e jantar. O fogão e a coifa foram colocados no centro da  bancada feita em silestone branco, que organiza espacialmente os ambientes. Esta bancada possui armários para ambos os lados devido à sua grande profundidade. A geladeira foi encaixada num nicho feito em drywall que tem sua face externa ornamentada por um suporte de garrafas. 

Foto da obra antes de tampar a janela.

Foto da obra concluída e a janela tampada.

No hall de entrada, trabalhamos reentrâncias e saliências no rebaixo de gesso em continuidade com aplicações na parede, que são realçadas pela iluminação. A parede que recebe a televisão foi alongada pela continuidade do painel de madeira, que vai até o corredor de entrada. Na parede do sofá, usamos as aplicações de gesso composto com arandelas decorativas. A mesa de jantar com tampo de vidro e as cadeiras com encosto baixo foram estratégias para deixar o espaço mais amplo.  


Hall de entrada

Móvel da televisão

 Estar 

 Jantar

Na lavandeira, que está isolada dos ambientes por uma porta de vidro jateada,  optamos por utilizar uma máquina lava e seca de acesso frontal para garantir a continuidade da bancada em granito e o tanque que era de pedestal foi substituído por um de inox embutido. 

Lavanderia

Um quarto foi transformado em escritório com uma bancada que atende duas pessoas e possui dois carrinhos de apoio - um com gavetas e outro para equipamentos do computador (cpu, estabilizado,etc.). Sobre a bancada há um armário superior com duas portas de correr que, conforme se deslocam, criam várias combinações de aberturas e fechamentos. Ainda há uma poltrona para leitura e um armário alto para rouparia.

Escritório


Parceiros e Fornecedores:
Revestimentos de piso e rodapé: Rudewill
Iluminação: Ilumishop e Greyhouse
Marcenaria: Simonetto
Mobiliário: Atmosfera, Flexiv e Móveis Campo Largo
Marmoraria: Dutra's Pedras